O pé diabético consiste em uma serie de alterações anatomopatológicas e neurológicas periferias que ocorrem nos pés de pessoas acometidas pelo diabetes mellitus.
Essas alterações constituem-se de neuropatias diabética, problema circulatório, infecções e menor circulação sanguínea no local.
Essas lesões geralmente apresentam contaminação por bactérias e, devido ao diabetes, mostram uma retardação na cicatrização.
O pé diabetes ocorre pela ação destrutiva do excesso de glicose no sangue.
Em nível vascular, causa endurecimento das paredes dos vasos, além da sua oclusão, o que faz a circulação diminuir provocando isquemia e trombose.
Esta complicação normalmente decorre da falta de sensibilidade nos membros inferiores, junto a deficiente cicatrização, que faz com que pequenos ferimentos possam se tornar uma ulceração, evoluindo, quando não cuidado, para um processo de necrose e amputação.
A lesão no pé do paciente portador de diabetes resulta da presença de dois ou mais fatores de risco. A maioria dos pacientes portadores de diabetes a neuropatia periférica tem um papel central; mais de 50% dos pacientes diabéticos tipo II têm neuropatia e pés de risco.
A neuropatia leva a uma insensibilidade (perda da sensação protetora) e subsequente à deformidade do pé com possibilidade de uma marcha anormal.
A perda da sensação protetora (neuropatia) torna o paciente vulnerável dos pequenos traumas como, por exemplo, sapatos inadequados, lesão da pele por objetos perfurantes, cortantes etc., ao caminhar descalço o que pode precipitar uma ulcera.
A deformidade do pé e mobilidade articular limitada podem ressaltar em carga biomecânica anormal do pé, com formação de hiperqueratose (calo) que culmina em alteração da integridade da pele (ulcera). Com a ausência de dor, o paciente continua caminhando, o que prejudica a cicatrização.
A doença vascular periférica associada a um pequeno trauma pode ressaltar em dor e ulcera puramente isquêmica. Entretanto desse ser lembrado que em pacientes com isquêmica e neuropatia (ulcera x neuro- isquêmica), os sintomas podem estar ausentes apesar da isquêmica severa.
Finalmente, tais lesões podem servir de “porta de entrada” para infecções, o que pode agravar mais a situação do portador de diabetes.
O diagnóstico do pé diabético propriamente dito é feito principalmente pelo sintomas da neuropatia (diminuição da sensibilidade – hipoestesia – ou a perda total as sensibilidade – anestesia), calosidades, alterações nas unhas, pela diminuição da circulação (micro e microcirculação) com diminuição ou ausência dos pulsos arteriais distais (pulsos arteriais dos pés); esfriamento do pé (palidez ou arroxeamento dos dedos ou pés).
Estabelecido o quadro clinico, deve-se encaminhar o paciente para tratamento multidisciplinar. E esse trabalho em equipe deve ser realizado no sentido de prevenção as alterações e consequentemente, as amputações.
Mais de milhões de pessoas no mundo são portadoras de diabetes e muitos destes indivíduos têm úlceras no pé, que podem levar a uma amputação de membros inferiores.
A restauração total requer fenômenos bioquímicos e fisiológicos de forma harmoniosa em eventos celulares e moleculares que interagem para que ocorra a pavimentação e a reconstituição tecidual, promovendo a cicatrização de feridas agudas e crônicas.
O laser terapia é, com certeza um recurso que traz potencial efeito no processo de cicatrização, em especial a chamada escara de “pés diabéticos”.
É preciso também que o paciente diabético tenha consciência da necessidade de manter a saúde dos pés a educação (orientação) deve ser dada com língua simples, possibilitando o autoconhecimento.